O título deste post é algo que me custa muito a fazer: saber quando desistir. Esta é a parte em que começam a fazer-se as generalizações, para dizermos o que queremos sem ninguém perceber nada do que estamos a falar.
A minha generalização começa por: nós, humanos, somos muito teimosos. Quando teimamos que alguma coisa tem que ser de uma determinada forma ou quando queremos muito alguma coisa, torna-se difícil perceber onde pára a linha que separa o "é muito difícil" do "é impossível", que pode também chamar-se "não vale a pena". Assim, andamos ali a bater com a cabeça nas paredes sem percebermos que já deveríamos ter mandado aquele objectivo às urtigas, há muito tempo.
Quanto a mim, suponho que sou flexível e me adapto em muitas situações. Noutros casos, há coisas que quero mesmo muito e aí penso: bolas, se eu quero tanto isto, não tenho o direito ao menos de conquistar uma coisa que quero muito? Porque hei-de estar a desistir disto se já desisto e me adapto em tantas outras situações? Paralela a esta corre a questão de a coisa em si ser exequível ou, de facto, boa em si. Por vezes não é. Mas isso não vem interferir com o raciocínio anterior. Por isso é tão difícil desistir...
Agora quero muito alguma coisa (esta é a parte em que os leitores já não percebem nada). Essa coisa não é necessáriamente boa para mim. E a luta é saber parar de lutar por ela. Não tenho soluções, mas pensei que talvez escrever sobre isso me ajudasse a fazer o que quero, tal como escrever o post anterior me ajudou muito a clarificar as minhas ideias sobre o ponto em questão.
À falta de terapia, tenha um blog!
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