Parece que tenho andado um pouco longe de casa. O lar está ainda vazio e ninguém me vem visitar. Culpa de quem? Minha, claro! Dei o endereço a alguém? Não. Já escolhi que tipo de coisas quero escrever no meu blog (agora que já não tenho Brasil de que falar…)? Não. Tenho tempo para escrever? Não. O meu amigo Paulo, por exemplo, tem um blog onde escreve coisas interessantes sobre a vida dele quase todos os dias. Eu não consigo. Geralmente, quase todas as coisas interessantes que penso, ou as impressões mais vivas do dia são, na minha cabeça, banidas a alguém. Pior, banidas a alguém a quem eu, na semana antes ou na semana seguinte daria alegremente o endereço do blog com incentivos à visita. Não sou exactamente uma amiga venenosa, mas há sempre alguém, num dia ou outro, que me cansa a cabeça e nessa altura apetece-me falar, falar, falar, aquelas coisas que, de facto, não quero que essa pessoa oiça/leia/saiba.
Por este motivo altamente ético ainda não escolhi uma das opções que me restam:
a) escrever o que me apetece e não dar o endereço a ninguém, esperando que ninguém me descubra por acaso;
b) dar o endereço a toda a gente e só escrever coisas politicamente correctas.
É como se a casa continuasse sem mobílias porque eu ainda não escolhi o estilo para a mobilar. Se isto fosse a vida real, a casa estaria sem móveis por falta de dinheiro e aceitaria o que aparecesse; assim, como posso escolher, não escolho, e por isso tenho um blog irrelevante, e que ninguém frequenta. Ufff….
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário