terça-feira, janeiro 29, 2008

Cores


Naquela vida quase sempre tudo acontecia. Era uma vida agitada, movimentada e, mesmo nos fins-de-semana destinados ao descanso, este era nutrido, saboreado, apreciado e nunca se tornava na tao temida palavra: te'dio.


Mas havia momentos... havia momentos em que ela nao controlava as coisas. Em que nao o previra e ai' ele viera. Infame. Instalar-se por momentos numa vida que nao o queria e nao o merecia. Obrigando-a a fazer coisas que noutras alturas nao faria. A sentir, na pele, aquilo que a sua planificacao eficiente sempre conseguia ocultar. As limitacoes do momento nao a deixavam enxota'-lo. Simplesmente, nao dependia dela.


Qual e' a cor do te'dio? Amarelo, como a raiva? Branco, como o vazio? Negro, como um poco sem fundo? Vermelho nao seria certamente, era uma cor destinada a outros estados de espirito...


Meditar sobre a cor da coisa talvez a livrasse dela. Ou talvez nao...

3 comentários:

Abssinto disse...

É um bom hobbie esse, do estudo cromático das (in)disposições da alma.

bj

Jo disse...

o tédio não tem cor... nem sabor, nem cheiro. (digo eu)

beijos, amiga, com saudades...

Anônimo disse...

Será?

Beijos

Marta