Naquela vida quase sempre tudo acontecia. Era uma vida agitada, movimentada e, mesmo nos fins-de-semana destinados ao descanso, este era nutrido, saboreado, apreciado e nunca se tornava na tao temida palavra: te'dio.
Mas havia momentos... havia momentos em que ela nao controlava as coisas. Em que nao o previra e ai' ele viera. Infame. Instalar-se por momentos numa vida que nao o queria e nao o merecia. Obrigando-a a fazer coisas que noutras alturas nao faria. A sentir, na pele, aquilo que a sua planificacao eficiente sempre conseguia ocultar. As limitacoes do momento nao a deixavam enxota'-lo. Simplesmente, nao dependia dela.
Qual e' a cor do te'dio? Amarelo, como a raiva? Branco, como o vazio? Negro, como um poco sem fundo? Vermelho nao seria certamente, era uma cor destinada a outros estados de espirito...
Meditar sobre a cor da coisa talvez a livrasse dela. Ou talvez nao...
3 comentários:
É um bom hobbie esse, do estudo cromático das (in)disposições da alma.
bj
o tédio não tem cor... nem sabor, nem cheiro. (digo eu)
beijos, amiga, com saudades...
Será?
Beijos
Marta
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