segunda-feira, novembro 26, 2007

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Havia um rio. No início o rio era estreito. Corria no fundo de penhascos, de serranias que cresciam e se levantavam à sua volta. Ela via tudo, como num filme tridimensional, em que voava por cima do rio. Depois o rio começou a alargar. Por vezes passava por paisagens solarengas e pacíficas. Outras vezes havia uma chuva grossa que lhe engordava o caudal. Passava por uma cidade e quase transbordava. Vinham umas ondinhas bordejar as pedras superiores da margem construída. Subiam e a certa altura molharam os pés da mulher que estava junto à margem. Ela deixou os pensamentos com que se entretia, numa lengalenga de amor e ódio e olhou para o largo rio, tão cheio de água. Tanta água.
Acordou. Estava a chorar outra vez.

3 comentários:

Jo disse...

virá o dia em que ela vai dizer: chega!
e vai sorrir, por entre as lágrimas.
beijos**

Abssinto disse...

Quando eu era gaio moço e tinha desses sonhos o que acontecia era fazer um quase xixizinho, que me obrigava a pular da cama cheio de vergonha em direcção à casa de banho:)

Anônimo disse...

lol...
esse é um outro tipo de sonho com água... que não um wet dream...