tag:blogger.com,1999:blog-187035912024-03-07T08:31:07.082+00:00O Fabuloso Mundo da Bela AdormecidaUm cantinho para divagar... devagarM.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.comBlogger78125tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-76273574505759518922008-09-22T10:21:00.002+01:002008-09-22T10:29:17.129+01:00Casanova<a href="http://travelblog.viator.com/wp-content/uploads/2007/07/venice-10.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand" alt="" src="http://travelblog.viator.com/wp-content/uploads/2007/07/venice-10.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify">Ontem, quando o meu objectivo maior era curtir o sofá e deixar as horas passarem de modo a que não se desse por elas, e tendo em conta que a TV cabo ainda não faz parte das minhas opções de consumo, vi, creio que na SIC, o filme “Casanova”, que ainda não tinha visto. Bom? Nem por isso! Surpreendente? Também não. Fiel à realidade ou nem que fosse apenas à lenda? nem por sombras… </div><div align="justify"><br />O filme relembra-me com tristeza a inevitabilidade de a nossa diversão mais light e despretensiosa, sobretudo a de cariz mais ou menos histórico ter de passar por Hollywood em especial e pelos americanos em geral. Imaginem a história de Casanova rodada em Bollywood… conseguem imaginar? A distorção é imensa, de ambas as formas, mas a Americana é mais perniciosa porque menos visível, menos óbvia… </div><div align="justify"><br />A moral americana postula que Casanova, o homem que dorme com mil mulheres tenha que se regenerar e casar apenas com uma; tem que abandonar a vida que o tornou famoso e dar o seu lugar a outro. Poderão dizer que o outro não se regenera, mas é importante que o “regenerado” seja o actor principal, aquele com o qual o público criou empatia. </div><div align="justify"><br />Por outro lado, temos uma mulher – a heroína – intelectual, inteligente, escritora e que luta pela “condição feminina”, sendo, assim, uma precursora até agora desconhecida, das feministas dos séculos XIX e XX. E é precisamente por esta mulher, que ao contrário das tais feministas, não é masculina nem masculinizada, que o personagem principal se apaixona! É preciso apontar mais incongruências?<br /><br />Que diria o próprio Casanova se visse o filme? Provavelmente abanaria a cabeça, toda ela cheia de incompreensões.</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-68365918816707415712008-08-19T12:34:00.002+01:002008-08-19T12:45:02.955+01:00Retratos do fim do mundo<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAh-8jcmkZ_m9fsg77qtUKJwvzILj1BPTHVTAQnSQfnUvFCKwf4BItsB1ZUHLbNgh9TynFSPFMIXRMgohxTCFD_wEaYbNju65RV99xIDNrn4UZZlYfudmtGEiet7CyWEDWgSmQ/s1600-h/2008+Agosto+blog+088.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5236192245324153634" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAh-8jcmkZ_m9fsg77qtUKJwvzILj1BPTHVTAQnSQfnUvFCKwf4BItsB1ZUHLbNgh9TynFSPFMIXRMgohxTCFD_wEaYbNju65RV99xIDNrn4UZZlYfudmtGEiet7CyWEDWgSmQ/s320/2008+Agosto+blog+088.jpg" border="0" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBmzyF3Pi-TLzdaBydCrolr9yOzVgeK85Rwvyd8I9YlhfpbfXwqq0oCAbu7JKg6OT11AUzahcWXSQiD8-AutY_E9h3lHnxpS1X7TDtJkiibR5nZGIsOqhXnOEWa8PDboEdZp1V/s1600-h/2008+Agosto+blog+003.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5236192247628334386" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBmzyF3Pi-TLzdaBydCrolr9yOzVgeK85Rwvyd8I9YlhfpbfXwqq0oCAbu7JKg6OT11AUzahcWXSQiD8-AutY_E9h3lHnxpS1X7TDtJkiibR5nZGIsOqhXnOEWa8PDboEdZp1V/s320/2008+Agosto+blog+003.jpg" border="0" /></a> O Fim-do-mundo fica muito longe.<br />Muito longe da internet, do centro comercial Colombo, das decisões políticas e, basicamente, de tudo o que está no mapa.<br /><br />Existe vida no fim-do-mundo, mas é uma vida estranha, ou que nos é estranha. Paisagens, modos de vida, ritmos, abundâncias e faltas que nos são alheias, que não entendemos.<br /><br />Especialmente quando não estamos a passar férias em busca do weird para levar para a nossa confortável sala de estar, real ou apenas mental.<br /><br />Muitas vezes, não há palavras para o fim do mundo - daí o silêncio prolongado deste blog. Outras, simplesmente não há internet, ou luz eléctrica.M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-32435578062456498172008-06-25T23:04:00.003+01:002008-06-25T23:33:56.492+01:00sem título<a href="http://www.connectseward.org/ben.kamprath/college/art/lonesome.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.connectseward.org/ben.kamprath/college/art/lonesome.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">O sofrimento aparece de muitas formas.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Aquele que mais me custa é aquele que me obriga a confrontar-me com as experiências de sofrimento passadas e me obriga a revivê-las.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Quando era mais nova, e quando tinha indigestões à noite, a forma de o corpo manifestar o seu mal estar era tornar qualquer sonho que tivesse num pesadelo insuportável. As imagens, aparentemente banais, repetiam-se até à exaustão, num caleidoscópio se possível labiríntico. Até que acordava e ia vomitar.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">O sofrimento do confronto com o passado é um pouco assim. As experiências anteriores aparecem nos seus piores contornos. Ou não aparecem, mas a sua perversa lição e solução escondem-se sob uma nova capa, sob um novo problema, que interpretamos como fizemos outrora.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Gostava de ter soluções para evitar o sofrimento. Mas ele espreita, quando estou distraída. Será que toda uma vida pode existir, sem ele?</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-73713589251581887522008-06-13T22:51:00.003+01:002008-11-13T18:24:53.081+00:00Pequeninas explicações e desculpas<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIc_yD3999tBsxyRSo5LrV27Uccpv58uby3GBbLrZxiS1xNXU91uPqrCjxDtBa53pIMV0JYZtCxkh3lrUbdb0hjhiJkhKHU0BK5kGJ1VLtjpjs8rIzwVLiTuBLI1srlNeRVx_g/s1600-h/SleepingWoman1961.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5211487280288405170" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiIc_yD3999tBsxyRSo5LrV27Uccpv58uby3GBbLrZxiS1xNXU91uPqrCjxDtBa53pIMV0JYZtCxkh3lrUbdb0hjhiJkhKHU0BK5kGJ1VLtjpjs8rIzwVLiTuBLI1srlNeRVx_g/s320/SleepingWoman1961.jpg" border="0" /></a> Se no "pequeno mundo" há insónias de vez em quando, também há longas sestas, longas pausas, momentos em que não estamos nem aí, nem aqui!<br /><br />São pausas, momentos em que a nossa cabeça swirls around outras coisas.<br /><br />Talvez acorde em breve e volte com mais cidades, lugares e países estranhos.<br /><br />(bocejo e longo espreguiçar de braços)M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-19825940257411688392008-05-03T14:46:00.002+01:002008-11-13T18:24:53.596+00:00Sem palavras<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgssjVTokKKE6xkKf_ZYd-R5tB-f9SrLfsD0-DllJvpHkloKoAUcc3yEQMgwo9RKRgK1tOrOA-EoEUfwTJAahg2VH7oAnWtf1zzpGK3J0brRzE3w_bRzI-82TbtUR13bPLGJUUl/s1600-h/Angola+2008+01+006.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5196149413459981362" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgssjVTokKKE6xkKf_ZYd-R5tB-f9SrLfsD0-DllJvpHkloKoAUcc3yEQMgwo9RKRgK1tOrOA-EoEUfwTJAahg2VH7oAnWtf1zzpGK3J0brRzE3w_bRzI-82TbtUR13bPLGJUUl/s320/Angola+2008+01+006.jpg" border="0" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQbLun4kYC2MxXtT-qPo5wq5e74qpYjTuV1pPlGWxpOiXPyTyA4EIavRvE9q-QuFOcMAbqpS7I8m4mvLYR085nMLrnPV7ThLvd7waXH9tj9ArLYqroL7zdv5MLuRPSMvVEtyBL/s1600-h/Angola+2008+01+012.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5196149422049915970" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjQbLun4kYC2MxXtT-qPo5wq5e74qpYjTuV1pPlGWxpOiXPyTyA4EIavRvE9q-QuFOcMAbqpS7I8m4mvLYR085nMLrnPV7ThLvd7waXH9tj9ArLYqroL7zdv5MLuRPSMvVEtyBL/s320/Angola+2008+01+012.jpg" border="0" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZfaxZkJSiPdSTPfBe91gD-ZQjmeSEjROFCG9qvDxaqlE02dhqPYJeDZBfBlWSONCqi61xdEWeZGF_GsuvTcysbwQ4RV7QEiyG2KdsU24sIbFd4-sPDjqG5YWkD4Pldh2zDsqM/s1600-h/Angola+08+02+009.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5196149426344883282" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZfaxZkJSiPdSTPfBe91gD-ZQjmeSEjROFCG9qvDxaqlE02dhqPYJeDZBfBlWSONCqi61xdEWeZGF_GsuvTcysbwQ4RV7QEiyG2KdsU24sIbFd4-sPDjqG5YWkD4Pldh2zDsqM/s320/Angola+08+02+009.jpg" border="0" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRW-yIczffydhf-Sg7iibIrbo6mhD_WxDIcL3s7xsCWSqd9pf6G_t7YIp7OukSPocbXtALS5ZyosklNCX0JaiVr6E267GC-WTI-4M_g4WPGvopMNaj2wbYTaPXxt89ykMHAdJI/s1600-h/Angola+08+02+020.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5196149430639850594" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiRW-yIczffydhf-Sg7iibIrbo6mhD_WxDIcL3s7xsCWSqd9pf6G_t7YIp7OukSPocbXtALS5ZyosklNCX0JaiVr6E267GC-WTI-4M_g4WPGvopMNaj2wbYTaPXxt89ykMHAdJI/s320/Angola+08+02+020.jpg" border="0" /></a><br /><div align="center">...</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-5451875004633753732008-05-02T21:51:00.004+01:002008-11-13T18:24:53.786+00:00Por aqui<div align="justify"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4kaYtWsJpDAW7aW5YtW2wgZtY2Mj_22Cl7MP2QsgNO04mbCsP-IW9p569kszoYLjwz3JvJOtnR21_L2Eoy_jjosOLq2E-UfYnOVNGMTqdBY79iIxoR97tC5zBWITaUgODf8qE/s1600-h/Angola+08+02+027.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5195886862109176850" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4kaYtWsJpDAW7aW5YtW2wgZtY2Mj_22Cl7MP2QsgNO04mbCsP-IW9p569kszoYLjwz3JvJOtnR21_L2Eoy_jjosOLq2E-UfYnOVNGMTqdBY79iIxoR97tC5zBWITaUgODf8qE/s320/Angola+08+02+027.jpg" border="0" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuRhncdciF5TUAQkNtCw_TvW14kYMO84aWsO97zZNL0ktybKJOzqHYVCD3xRLw9z06Iuqp2gkGAMuqdU9BaQ6zyN0btvTFEqMzn0YI9LtmXY1aVc4TkV4wGBJXON-qPOTXLj11/s1600-h/Angola+08+02+012.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5195886866404144162" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhuRhncdciF5TUAQkNtCw_TvW14kYMO84aWsO97zZNL0ktybKJOzqHYVCD3xRLw9z06Iuqp2gkGAMuqdU9BaQ6zyN0btvTFEqMzn0YI9LtmXY1aVc4TkV4wGBJXON-qPOTXLj11/s320/Angola+08+02+012.jpg" border="0" /></a> Ambiente hostil aos "tugas", este aqui. </div><div align="justify">Bem, ninguém tem nada contra nós, na verdade, nem fui maltratada de nenhuma forma.</div><div align="justify">Mas a cor da pele denuncia-nos. Por mais simples que seja a roupa, por muito que faltem os acessórios, nunca escapamos ao veredito. A solução é tornar claro e límpido que nada portamos de valor. Mãos nos bolsos e olhar descontraído. Dá para dar a volta ao quarteirão. Não dá para longos passeios. Não dá para "conhecer a cidade". Não dá para fazer turismo, até porque isso é uma actividade que aqui não se pratica.</div><div align="justify"></div><div align="justify">A minha vida é uma prisão onde as grades são a insegurança e a dependência de um carro e de um motorista que não são meus. De um horário que não controlo. De pessoas que acham que, desde que apareçam, as horas não interessam. Uma prisão feita de ausências. Ausência de taxis. Ausência de lugares para ir. Ausência de conterrâneos hospitaleiros. Ausência de dinheiro para os padrões locais... lol.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Depois, o prisioneiro pensa que até tem sorte. Afinal, não tem que se levantar às 4.30 da manhã para ir para o trabalho. Mora num lugar com luz e água canalizada. Tem um iogurte e sabe que é seguro comê-lo.</div><div align="justify"></div><div align="justify">Estarei numa prisão ou numa redoma? </div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-9742937112874875632008-04-11T17:37:00.002+01:002008-04-11T17:50:04.045+01:00Crónicas do fim do mundoGostaria de ilustrar este meu post com imagens, mas, infelizmente, não posso fazê-lo, por isso escreverei agora e colocarei fotos depois.<br /><br />O motivo porque não posso colocar fotos é porque nos computadores públicos desta cidade não é permitido colocar pen drives... e não admira... os computadores que conheço estão atolados em vírus. Logo aqui, o contacto com o mundo exterior já fica dificultado. Colocar internet no meu laptop, isso então é caríssimo e os pacotes de minutos são irrisórios, para o preço que custam.<br /><br />De resto, vivo barricada na embaixada portuguesa. Só se pode sair a pé para andar pelo quarteirão. Qualquer percurso mais distante pode ser perigoso, se feito a pé, por isso mais vale não arriscar. Apesar de que, ao que consta, os ladrões terem aqui uma vida difícil: se apanhados a roubar, podem ser linchados pelos passantes ou abatidos pelos passantes armados.<br /><br />Um quilo de uvas custa 16 euros. Um pacote de Tampax, 18! uma refeição média, 60€.<br /><br />Os meus alunos não almoçam, porque estão demasiado longe para ir a casa e não têm dinheiro para almoçar no centro. O trânsito é caótico e nele se passam desesperantes horas.<br /><br />Todos os portugueses que conheço odeiam viver aqui e apenas o fazem por não terem outro remédio ou simplesmente pelo dinheiro que estão a ganhar.<br /><br />Enfim... posteriormente postarei alguma coisa menos informativa e mais irónica.M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-46903762925192162092008-03-31T01:13:00.003+01:002008-03-31T01:17:41.419+01:00Viva!<a href="http://ferrao.org/uploaded_images/luanda.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://ferrao.org/uploaded_images/luanda.jpg" border="0" /></a><br /><div>Tive hoje a possibilidade de conhecer o blog de um amigo querido.</div><br /><div>Visto que a qualidade do dito iguala a ironia e fino comentário do seu autor, o respectivo link não poderia deixar de constar neste blog.</div><br /><div></div><br /><div>Alvíssaras para o Zoompt, apesar do prognóstico reservado que faz do meu futuro mais próximo.</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-81593253178060618302008-03-22T20:15:00.003+00:002008-11-13T18:24:54.020+00:00Dia de Páscoa<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv46Ud1wSibSPkg6CicqpvpeVDk_O497c4yQin_IdrXAoXc971EwZWHJ9FblOxK_PzyEfhHzBocfgNYuR7T-mAXArbLghT4gnI1fA2NWVlQou50Qbjh4deLZc9L_2_wwFFu_x5/s1600-h/IM000033[1].JPG"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5180664386982252578" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; CURSOR: hand" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgv46Ud1wSibSPkg6CicqpvpeVDk_O497c4yQin_IdrXAoXc971EwZWHJ9FblOxK_PzyEfhHzBocfgNYuR7T-mAXArbLghT4gnI1fA2NWVlQou50Qbjh4deLZc9L_2_wwFFu_x5/s320/IM000033%5B1%5D.JPG" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify">Houve um tempo... em que passei momentos difíceis. Nesses momentos, olhava de baixo e de longe para esta estátua e pensava com muita força que este Cristo tinha os braços abertos para me abraçar.</div><div align="justify"> </div><div align="justify">Onde começa a fé? E onde acaba?</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-74783020700648079122008-03-15T22:05:00.002+00:002008-03-15T22:13:56.712+00:00The endQuando morre o desejo?<br /><br /><span style="color:#663366;">Quando o corpo não o consegue conceber;</span><br /><span style="color:#663366;">Quando o objecto do mesmo se preocupa mais com o prazer da carne do que com o da alma;</span><br /><span style="color:#663366;">Quando nos apetece mais bocejar do que beijar;</span><br /><span style="color:#663366;">Quando o/a nosso/a querido/a nos faz "roll our eyes" ao ouvi-lo falar com outras pessoas;</span><br /><span style="color:#663366;">Quando descobrimos que o mesmo gosta mais dos nossos elogios do que de nós;</span><br /><span style="color:#663366;">Quando ouvimos a mesma coisa várias vezes sem que o dito se aperceba de que já disse aquilo antes;</span><br /><span style="color:#663366;">Quando o seu corpo lhe importa mais do que o nosso;</span><br /><span style="color:#663366;">Quando ele discute, ao euro, a conta do jantar;</span><br /><span style="color:#663366;">Quando, finalmente, os nosso olhos miram com interesse outros que não "o desejado".</span><br /><span style="color:#663366;"></span><br /><span style="color:#663366;">Aí o desejo morre e o que se estabeleceu em seu nome sobrevive em doses várias, em função dos compromissos estabelecidos e da dificuldade (ou a falta dela) em quebrá-los.</span>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-75220112582605415032008-03-10T12:22:00.003+00:002008-03-10T12:58:03.721+00:00Discorrendo sobre o desejo<a href="http://www.memecat.com/images/memes/egging_parked_car.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.memecat.com/images/memes/egging_parked_car.jpg" border="0" /></a><br /><div><a href="http://www.memecat.com/images/memes/egging_parked_car.jpg"></a><br /><br /><div align="justify">Era um rapaz e chamava-se António.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Como descrever a figura de António? As mulheres olhavam para ele quando ele passava na rua. 1.85 m, 26 anos. O cabelo loiro era farto, longo e atado num rabo de cavalo. Ele amava o cabelo. Chegava a ir ao cabeleireiro fazer tratamentos especiais, apesar de depois nunca o mostrar solto, em todo o seu esplendor. Os olhos eram castanhos claros. O nariz e a boca eram regulares, sem nenhuma marcar distintiva, mas o conjunto era harmonioso. Mais do que isso. O conjunto era muito belo. Na verdade, António parecia um deus de alguma mitologia nórdica.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">António não tinha um corpo invejável porque não valorizava o corpo que tinha. Comia as coisas erradas e não queria fazer exercício físico. Mas, se tivesse o corpo certo, estaria agora nas páginas das revistas, a anunciar perfumes masculinos.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">António adorava a noite e a vida nocturna. Gostava de se divertir e de dançar. Nas discotecas para onde ia, as mulheres não podiam deixar de o olhar, de o admirar, de se exibirem perante ele, para tentarem conquistar a sua atenção. Ele por vezes dava-lhes essa atenção, mas não eram elas o motor do seu gosto pela noite.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">O nosso rapaz era também seguro de si, em termos profissionais e sociais. Tão seguro que chegava a ser muito convencido de si e arrogante. Achava que poucos teriam alguma coisa a ensinar-lhe. Era impaciente e fazia apressados juízos pessoais.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Mas António tinha um segredo. Uma falha que o impedia de ser um verdadeiro e autêntico D. Juan.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">António não desejava as mulheres. Não é que desejasse os homens, pelo menos que ele desse por isso. Simplesmente, a líbido não morava ali.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Gostava das mulheres pelo seu aspecto, pela sua cultura - eventualmente pelo seu dinheiro - mas não porque o fizessem suar frio. Não porque a sua corrente sanguínea se alterasse por causa delas. António não sentia falta de ter uma namorada, porque, simplesmente, não sentia a falta daquilo que só uma mulher lhe poderia dar.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">As suas namoradas (que ele não percebia por que motivo o deixavam) diziam dele que era carinhoso, afectuoso e terno. Que passeava com elas de mão dada e as beijava ternamente. Mas, se na cama, que se virava para o outro lado e dormia, sem que a presença delas o emocionasse de alguma forma. Nenhuma noite era para ele uma oportunidade, enquanto que para cada mulher com quem estava, era uma noite perdida.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Uma vez por mês, sensivelmente, António esforçava-se e dava à namorada da época algo de si, numa performance fraca e curta.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">E elas adoravam-no, mas não o compreendiam, nem suportavam aquilo que para elas era falta de interesse, que poderia até magoar a sua auto-estima.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Para ele isso era apenas um vazio, uma coisa que ele nunca soubera o que era: o desejo.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Muitas mulheres dizem por vezes que os homens seriam melhores sem profundo e insistente desejo; que é o desejo que os leva para os braços de outras, para muitos braços diferentes, em vez de continuarem na fidelidade desejada.</div><br /><br /><div align="justify"></div><br /><br /><div align="justify">Se conhececem o António, porém, veriam que um homem sem desejo é como um carro sem gasolina. De que interessa se é um Ferrari?</div><br /><br /><div></div></div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-56730580437406091862008-03-05T13:36:00.003+00:002008-03-05T13:47:09.693+00:00Voltando ao que interessa<p align="left"><a href="http://jbphotos.no.sapo.pt/DSC00712.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://jbphotos.no.sapo.pt/DSC00712.jpg" border="0" /></a></p><br /><br /><br /><br /><br />(tentem ouvir isto, se conseguirem)<br /><br />O grão do desejo quando cresce<br /><br />É arvoredo, floresce<br /><br />Não tem serra que derrube<br /><br />Não tem guerra que desmate<br /><br />Ele pesa sobre a terra<br /><br />Mais que a lei da gravidade<br /><br />E quando faz um amigo<br /><br />É tão leve como a pluma<br /><br />Ele nunca põe em risco<br /><br />A felicidade<br /><br />Quando chegar dê abrigo<br /><br />Beijos, abraços, açúcar<br /><br />Só deseja ser comido<br /><br />O desejo é uma fruta<br /><br />E com ele não relute<br /><br />Pois quem luta<br /><br />Não conhece a força bruta<br /><br />Nem todo mal que ele faz<br /><br />Satisfeito é uma moça<br /><br />Sorrindo, feliz e solta<br /><br />Beije o desejo na boca<br /><br />Que o desejo é bom demais<br /><br /><br />Paulinho da ViolaM.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-47261831956415140072008-03-04T23:53:00.003+00:002008-03-05T00:12:37.589+00:00Uma história de amor em poucas palavras<a href="http://www.aeveritt.com/images/Absence.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.aeveritt.com/images/Absence.jpg" border="0" /></a><br /><a href="http://www.aeveritt.com/images/Absence.jpg"><span style="font-size:78%;">http://www.aeveritt.com/images/Absence.jpg</span></a><br /><br />Ela tinha um amor. Havia complicações, distâncias, expectativas irreais. E o amor foi-se embora. Ou ela percebeu que ele apenas havia picado o ponto e depois picado a mula.<br /><br /><br /><br /><br /><br />Ela chorou... e depois arranjou outro.<br /><br /><br /><br /><br /><br />A história terminou.M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-4408016204714587342008-02-27T23:04:00.002+00:002008-02-27T23:53:40.697+00:00Vontade<a href="http://hipogrifos.files.wordpress.com/2007/10/escena-del-film-el-dia-que-me-quieras.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://hipogrifos.files.wordpress.com/2007/10/escena-del-film-el-dia-que-me-quieras.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div><a href="http://www.youtube.com/watch?v=4dvrDc8bW-I">http://www.youtube.com/watch?v=4dvrDc8bW-I</a></div><br /><div></div><br /><div>Não te desejo. Ainda. Não provocaste em mim a vontade, ainda que ténue, de passar a mão pela curva do teu pescoço. Ainda não. Ainda. Não. És simpático, mas ainda não (ainda não) percebi até onde estarás disposto a ir por mim, ou eu por ti. Não te quero e não te desejo (ainda não).</div><br /><div></div><br /><div>O que será preciso para que o faça? Que me cortejes incansavelmente? Que me peças em casamento? Que te faças difícil até que eu te queira a ti, por ausência de ti? o que é preciso para que o desejo escorra pela pele como o suor? para que seja automático, involuntário e absolutamente incontrolável?</div><br /><div></div><br /><div>Onde reside a fronteira entre o que queremos e o que desejamos? Ah... talvez seja bom, quando te desejar.</div><br /><div></div><br /><div>Mas não sei se o desejo.</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-89575322920397112562008-02-21T19:47:00.002+00:002008-02-21T20:30:05.530+00:00Ritual<a href="http://img.tootoo.com/cms/upimg/070726/071019/_1346461T_m.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://img.tootoo.com/cms/upimg/070726/071019/_1346461T_m.jpg" border="0" /></a><br /><div>Tomou banho (com todos os requintes de exfoliantes, perfumes e cheiros)</div><br /><div>Saiu, colocou o creme hidratante nas pernas para elas não ficarem secas.</div><br /><div>Colocou o primeiro hidratante no rosto (aquele para combater a dermatite)</div><br /><div>Foi à sala e ligou a aparelhagem. Aerosmith, como sempre, naquelas ocasiões.</div><br /><div>Voltou à casa de banho e colocou o segundo hidratante no rosto.</div><br /><div><br /><div>Tratou de outros detalhes de higiene que não interessa agora pormenorizar.</div>Penteou o cabelo molhado.</div><br /><div>Foi para o quarto e vestiu as cuecas pele de leopardo fio dental (aquelas que uma vez tinham caído para o estendal da vizinha de baixo; que ela tinha tido que ir lá pedir; e que lhe tinham sido entregues com um olhar de incompreensão, repugnância e curiosidade, mas sem palavras)</div><br /><div>Depois o sutiã que dava com aquela roupa.</div><br /><div>Da sala, vinha um "I was crying when I met you, now I'm trying to forget you, your love is sweet misery"... em volume consideravelmente alto. Apenas abaixo daquele que levaria os vizinhos à sua porta.</div><br /><div>Olhou para o armário, ainda com dúvidas. Depois foi ver o roupeiro.</div><br /><div>Saíram as calças pretas que vestiu, depois das meias.</div><br /><div>Dançou pelo corredor e foi procurar a blusa. A regra é nunca usar aquilo que seria o máximo dos máximos: da elegância, do sex-appeal, do enfeite, da decoração. O menor excesso vai ter imediatamente o efeito árvore de natal, por isso é preciso ter cuidado.</div><br /><div>Uma blusa simples. Um decote? Talvez, mas não necessariamente. Não é por aí...</div><br /><div>Preto, sempre preto... Não. Hoje vamos de vermelho. Manga curta de cetim vermelho. Efeito red devil.</div><br /><div>Não se calçam os sapatos ainda, queremos continuar a receber bons dias e boas tardes dos vizinhos de baixo... ah, e que nos devolvam as cuecas quando elas caem para lá.</div><br /><div>Pegou no secador e foi secar o cabelo em frente ao espelho.</div><br /><div>"The punishment sometimes don't seem to fit the crime" - Steve Tyler cantava, quando o secador se calou.</div><br /><div>Cabelo penteado, colocou a fita para o afastar da cara. Colocou um bocadinho de corrector nos pontos difíceis. Depois, a base em creme. Nos olhos, uma sombra branca em cima, cinzenta ao meio, e depois, um risco preto feito milimetricamente, com o eye-liner. </div><br /><div>Retocou o rosto com a base em pó. Pintou os lábios com contorno, batom e gloss, a tríade imbatível. Colocou um pouco de blush, mas pouco (como é que ela tinha tanta coisa??). </div><br /><div>Voltou para o corredor, e apreciou-se no outro espelho, com outra luz.</div><br /><div>A seguir, pensou na bijuteria. Pouca coisa, olha a árvore!</div><br /><div>Umas argolas de prata. Pronto, that's it.</div><br /><div>Voltou para o corredor, olhou-se ao espelho novamente (nunca é demais) e foi à sala fazer um skip, pois a música do momento não era das suas preferidas.</div><br /><div>Quarto. Perfume. Donna Karan, Black Cashmere, a edição que já saiu do mercado e que ela correu a cidade para encontrar o último frasco.</div><br /><div>Foi ao roupeiro e tirou o casaco.</div><br /><div>Depois, finalmente, foi calçar os sapatos.</div><br /><div>Foi à sala e, com pena, desligou a música.</div><br /><div></div><br /><div>"Saíu para a Rua", como cantava o Rui Veloso, mas não insegura. Pronta para o mundo inteiro.</div><br /><div>Ia chegar atrasada, mas que importa? A festa tinha começado duas horas antes, ali mesmo em sua casa.</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-23735709402097961112008-02-19T23:24:00.003+00:002008-02-19T23:36:39.721+00:00Jamais<a href="http://www.msprotege.com/members/ACID%20ECKS/dead%20xanga/dead%20flower.jpg"><span style="font-size:78%;"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.msprotege.com/members/ACID%20ECKS/dead%20xanga/dead%20flower.jpg" border="0" /></span></a><span style="font-size:78%;"> </span><a href="http://www.msprotege.com/members/ACID%20ECKS/dead%20xanga/dead%20flower.jpg"><span style="font-size:78%;">http://www.msprotege.com/members/ACID%20ECKS/dead%20xanga/dead%20flower.jpg</span></a><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Julgas que eu nunca te amei</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">E hoje escarneço de ti</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Relembrando que quando sofri, chorei</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">E Deus, que ouviu sem cansar</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Promessas e juras de amor</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Só Ele sabe</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Que eu te adorei com fervor, </span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">com ardor</span><br /><span style="font-size:78%;color:#ff0000;"><a href="http://www.msprotege.com/members/ACID%20ECKS/dead%20xanga/dead%20flower.jpg"></a></span><br /><span style="color:#ff0000;">Mas finalmente passou</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">A febre com que eu te quis</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">A estrela que me faz feliz, voltou</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">E não me recordo da dôr,</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Que senti, ao perder este amor</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Este amor que tal qual uma flôrJá murchou.</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">És inocente em pensar</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Que por ti hoje vivo a chorar</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">E, não te lembras porém,</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Que este alguém</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">Agora já é capaz</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">De suportar esta dôr</span><br /><br /><br /><span style="color:#ff0000;">E clamar que não quer teu amor Jamais</span><br /><br /><br /><br /><br /><br />E se um dia sentirmos que todos os nossos amores, como uma flor, já murcharam?<br /><br /><br />E se nos julgarmos incapazes de amar e aturar quem quer que seja?<br /><br /><br />Estaremos mais independentes? Menos carentes? Mais "no ponto" para encontrar a pessoa certa?<br /><br /><br />Ou, como flores, somos pessoas murchas que já perderam a alegria de viver?M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-88710376815210711992008-02-17T23:54:00.002+00:002008-11-13T18:24:54.509+00:00Na praia quase deserta<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh__tdKXuc2YdOpV3nheEp115qj8hFnsTDvmfpt0bORTQmWm31TbGanFkHpvLE6VWDfpazcbT44rWZa3lYKi4dEtPDV6OcW1E-9oGhaY1y5AqtjjIaZKJIHd_pCHhgPiE_7c0t2/s1600-h/Moçambique+praia.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5168104730270849410" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh__tdKXuc2YdOpV3nheEp115qj8hFnsTDvmfpt0bORTQmWm31TbGanFkHpvLE6VWDfpazcbT44rWZa3lYKi4dEtPDV6OcW1E-9oGhaY1y5AqtjjIaZKJIHd_pCHhgPiE_7c0t2/s200/Mo%C3%A7ambique+praia.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><p>Cá fora, escaldava o sol do meio dia. Na praia semi-deserta esperavam-nos as toalhas, limpas, cheirosas e paradas. Lá dentro, a água estava tão quente que em certos momentos a preferiria mais fria. Uma água onde boiavam as folhas das árvores caídas na praia. Fora isso, uma água linda, límpida, de um azul extraordinário. Uma água que arrastava para a areia conchas lindas - sem que houvesse atenção para as observar - e pedaços de coral.</p><p>Estava-se muito bem dentro de água. Uma água onde se caminhava sem atingir profundidade. Uma água onde se podia estar quase deitado, como numa grande - e felizmente pouco frequentada - piscina.</p><p>Alguém disse que perto daquela ilha haviam tubarões. Eu não dei por nada. Estar ali era demasiado maravilhoso para perder tempo com ninharias como essas. O sol beijava-me. O mar acariciava-me.</p><p>É em momentos assim que nos damos conta de que o Paraíso existe. Estava ali... à minha espera. Hei-de voltar.</p>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-74008652784044912512008-02-11T19:40:00.000+00:002008-02-11T20:12:35.271+00:00Desencontro<div align="justify"><a href="http://www.germinaliteratura.com.br/imagens2007/eleuza_separacao.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.germinaliteratura.com.br/imagens2007/eleuza_separacao.jpg" border="0" /></a> <a href="http://www.germinaliteratura.com.br/imagens2007/eleuza_separacao.jpg">http://www.germinaliteratura.com.br/imagens2007/eleuza_separacao.jpg</a><br /><br /><br /><div align="justify">Apresentaram-nos. Este é o Rui, esta é a Lúcia. Estávamos sentados, tínhamos tempo e podíamos conversar.</div><br />À medida que falavas, eu ia desenhando o teu retrato mental, encaixando-te num perfil onde o que me dizias fizesse sentido. Um pouco cliché talvez, preconceituoso, eventualmente, mas as tuas características não podiam chover ao acaso, tinha que haver um padrão, um retrato, um tom.<br /><br />Não disseste se eras filho único, mas imediatamente presumi que fosses. Com um pai doente e depois falecido (disseste) e uma mãe avassaladora (presumi), abdicaste da tua carreira (querias realmente ter uma?), daquilo que a tua licenciatura eventualmente te daria, para te dedicares a um emprego menor, cuja única vantagem seria a de te manter perto dos teus pais e, agora, da tua mãe (estarei certa em adivinhar que ainda moras com ela?).<br /><br />A mãe avassaladora e protectora do seu único filho impediu-te de estabelecer as relações certas na hora certa, deixou-te tímido e inseguro e agora, ali estavas tu, sózinho, com idade para uma relação, ou sem ela, mas, definitivamente, com idade para teres experiências, vivências.<br /><br />A tua voz arrastava-se. Falavas provocando o monólogo que se alimentava das minhas frases curtas e não demasiado encorajadoras. Continuavas, talvez com medo que se estabelecesse um silêncio embaraçoso. A certa altura disseste: "Há mais alguma coisa que queiras saber sobre mim?". Nem a boa educação nem a polidez fizeram com que me lembrasse de alguma.<br /><br /><br /><br />À medida que prosseguias, senti que o teu inicial quase entusiasmo se desvanecia, que morria devagar. Acho que não fui demasiado cruel, mas também não te salvei. Assisti, impassiva, enquanto te enterravas, enquanto vias, devagarinho, a impossibilidade de eu alguma vez retribuir o que pudesses sentir por mim.<br /><br /><br /><br />Acho que me perguntaste uma vez sobre o meu trabalho. Respondi, sem dizer tudo, mas dizendo o suficiente para suscitar o interesse e as tuas perguntas. "Sim, sim, claro, claro" foi a tua resposta. Ainda não compreendeste que uma das formas de melhor entrusarmos com outra pessoa é interessarmo-nos pelas suas coisas.<br /><br /><br /><br />Tive pena de ti. E tive pena de ter pena de ti. Porque, no fundo, até não eras mau rapaz, sem tãopouco és feio. Até podias ter charme, se quisesses. Mas não.<br /><br /><br /><br />Ter-te-ia explicado, se fosse outro o caso, que a lei da vida é a lei do mais forte. O homem que atrai as mulheres é o homem que emana segurança e poder. O homem fraco atrai a mulher protectora, que é mãe daquele homem antes de ser mãe dos seus filhos que depois os trata a todos da mesma forma.<br /><br /><br /><br />Para o melhor e para o pior, não sou essa mulher protectora que quer acarinhar como a um filho o homem cheio de inseguranças que lhe chega ao pé. Também já vi as consequências perniciosas dessa atitude, a longo prazo.<br /><br /><br /><br />Por isso, nada me restava que deixar que te enterrasses até que a única alternativa fosse, educadamente, terminar a nossa conversa.<br /><br /><br /><br />Querido Rui, nunca mais nos veremos e não tenho pena. Talvez encontres uma mulher protectora que se incompatibilize com a tua mãe enquanto esta for viva e depois a substitua; talvez mudes e dês o grito do Ipiranga. Talvez continues na tua vidinha monótona que nada tem a ver com o que eu quero da minha.<br /><br /><br /><br />Mas foi bom conhecer-te. És mais um detalhe da lei da Vida.<br /></div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-52780411948643522782008-01-29T19:12:00.000+00:002008-01-29T19:22:54.523+00:00Cores<a href="http://www.patiopvc.com/29b.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://www.patiopvc.com/29b.jpg" border="0" /></a><br /><div>Naquela vida quase sempre tudo acontecia. Era uma vida agitada, movimentada e, mesmo nos fins-de-semana destinados ao descanso, este era nutrido, saboreado, apreciado e nunca se tornava na tao temida palavra: te'dio.</div><br /><div></div><br /><div>Mas havia momentos... havia momentos em que ela nao controlava as coisas. Em que nao o previra e ai' ele viera. Infame. Instalar-se por momentos numa vida que nao o queria e nao o merecia. Obrigando-a a fazer coisas que noutras alturas nao faria. A sentir, na pele, aquilo que a sua planificacao eficiente sempre conseguia ocultar. As limitacoes do momento nao a deixavam enxota'-lo. Simplesmente, nao dependia dela.</div><br /><div></div><br /><div>Qual e' a cor do te'dio? Amarelo, como a raiva? Branco, como o vazio? Negro, como um poco sem fundo? Vermelho nao seria certamente, era uma cor destinada a outros estados de espirito...</div><br /><div></div><br /><div>Meditar sobre a cor da coisa talvez a livrasse dela. Ou talvez nao...</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-44588631285557683052008-01-11T23:48:00.000+00:002008-01-12T00:01:08.086+00:00Sangue<a href="http://www.patriciasweetowgallery.com/inventory/archives/320320-detail.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 400px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.patriciasweetowgallery.com/inventory/archives/320320-detail.jpg" border="0" /></a><br /><br /><div align="justify">Correm as mãos. Correm os cascos na areia recentemente alisada. Corre um fio vermelho.<br /><br />Nas mãos umas unhas largas, tratadas, aparadas, pintadas de vermelho. Na areia, cascos cuidados trotam ao som da música. Ansiedade. Adrenalina. Uns olhos grandes olham a multidão febril e tentam entender o incompreensível.<br /><br />As mãos olham para ti Devoram-te. Passam delicadamente pela tua pele e sentem. Sentem, correm, tocam, afagam. E, por fim, desejam-te.<br /><br />A música toca. Cavalo e cavaleiro sentem-se em uníssono e ao som da música. O adversário espera. Teme. Aguarda no seu canto. Ninguém o preparou para isto e não sabe o que vai acontecer. Há uns panos vermelhos que esvoaçam e lhe ferem o olhar.<br /><br />Como as unhas das mãos que percorrem o teu corpo nu. Mãos vermelhas, garras, ou simplesmente mãos carinhosas que tocam e querem o que tocam.<br /><br />Prossegue a festa dos sentidos. Tourada. Jorra o sangue. Escorre um fio pelo dorso de músculo puro do touro negro. Escorre a seiva pelos corpos que fervem.<br /><br />O touro de corpo de músculo puro sente-se cada vez mais fraco. Um líquido daquela cor perigosa escorre do seu dorso e ele vai sentindo o seu calor, enquanto corre. A ferida arde. A multidão grita. É o pesadelo. Depois, o fim.<br /><br />As capas arrastam-se pela areia onde os pés já andam sem medo.<br />E num quarto fechado um homem contempla, sem ter palavras, as mãos com unhas pintadas de vermelho, de uma mulher.<br />“Agora és carne da minha carne e sangue do meu sangue”.</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-14869619463972354102008-01-07T20:00:00.000+00:002008-01-07T20:02:12.226+00:00ApologiesPor motivos de extinção da quadra natalícia, a continuação do post anterior será adiada para uma altura em que se consiga sentir novamente o mesmo espírito.<br /><br />A gerência tem livro de reclamações.<br /><br />E não se pode fumar neste estabelecimento porque ainda não foram instalados os aparelhos de extracção do ar.M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-70715013636586270302007-12-23T21:18:00.000+00:002007-12-23T21:21:24.593+00:00A Christmas Story - Parte I<span style="color:#006600;">Ai – disse ela – já nem sinto os pés.<br />Ele não disse nada.<br />Aai!... – gemeu ela. Então e o que pesa esta barriga!...<br />Ele começou a assobiar e a olhar para o lado.<br />- Olha, olha – disse ela – está ali uma casa com uma tabuleta. Vai lá perguntar!<br />- Já disse que não gosto que me dês ordens! – disse ele.<br />Aproximaram-se da casa e ele tocou a porta. Apareceu um homem de blusa suja com nódoas e barba escura.<br />- Hmmm… arranja-se por aqui um quartinho para dois? Cama de casal, por favor…<br />- Não alojamos pedintes! - E fechou a porta.<br />Os dois continuaram a andar, cabisbaixos.<br />- Se ao menos não andasses com esses trapos e te lavasses mais… - disse ela.<br />- E se te calasses? Só aqui estamos por tua causa! – respondeu ele.<br />- Ai agora a culpa é minha?<br />- Se não te metesses em alhadas…<br />- Para informação do senhor, eu fui escolhida para uma missão importante!<br />- E eu que aguente, que saia de casa e ande aqui aos caídos.<br />- Estou farta! Não me chateies mais a cabeça! Ainda vamos acabar debaixo da ponte!<br />- You silly woman! Aqui não há rios!<br />- Não me venhas agora tentar impressionar nó porque sabes latim! Vamos acabar num curral, então.<br /><br />Ele irritou-se e deu um pontapé numa pedra. Ficou ali aos saltos, a queixar-se e ela continuou a andar e fingiu que não o conhecia.</span>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-52605148303713555502007-12-21T00:27:00.000+00:002007-12-21T00:58:55.585+00:00A maçã - Parte 3<a href="http://images.inmagine.com/img/foodcollection/fdc001/fdc900045.jpg"><img style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="http://images.inmagine.com/img/foodcollection/fdc001/fdc900045.jpg" border="0" /></a><br /><div align="justify">Primeiro, começou a sentir um cheiro familiar: era o cheiro de terra molhada, de caruma, das folhas a aprodecer no solo escuro e rico. Depois começou a sentir a pele através da brisa que soprava. A seguir, despertaram os ouvidos e o ruído da mesma brisa a roçar as folhas das árvores. Tacteou e sentiu um as folhas e a terra que estavam debaixo de si. Perto de si sentiu barulhos, diversos dos do vento nas árvores. Não estava sózinho.</div><br /><div align="justify">Depois, sentiu os olhos e achou que talvez os pudesse abrir. Abriu e olhou em volta. Por cima de si, as copas das árvores. Ao seu lado, um personagem com uma vozinha de falsete, que lhe disse:</div><br /><div align="justify">- Sim senhor! Agora é que a fizeste bonita! Não tens vergonha?</div><br /><div align="justify">- Hã? - Perguntou ele estremunhado e com os olhos ainda a habituarem-se à claridade, ao mesmo tempo que tentavam apreciar a personagem que quase o insultava.</div><br /><div align="justify">- Estás parvo agora? Ainda estás a dormir? Parecia que estavas acordado, mas estás com tamanha cara de Parvo!... - A vozinha de falsete vociferava, de uma forma cada vez mais irritante.</div><br /><div align="justify">- Mas afinal quem és tu? - perguntou o personagem, um homem adulto, de barba, deitado e andrajosamente vestido.</div><br /><div align="justify">- EU? Ai agora já não me conheces? - A voz passou da raiva para o lamento e continuou - Oh, Meu Deus, onde isto chegou... ele já nem me reconhece...</div><br /><div align="justify">O interlocutor continuava parado, à espera de algo que se assemelhasse mais a uma resposta.</div><br /><div align="justify">O personagem era baixo e aquilo a que se costuma chamar gordinho. Redondinho, para ser mais preciso. Tinha uns lindos cachinhos loiros, mais apropriados a uma menina de 10 anos do que à sua figura, que caíam fazendo rolinhos. Trazia - muito estranho - uma apenas uma tanguinha, de cetim branco. À medida que se movimentava, o homem que estava deitado via nas suas costas umas coisinhas, pequeninas e ridículas, também brancas, mas recusou-se a aceitar o que via. Não, disse ele, não podem ser asas.</div><br /><div align="justify">- Eu sou o Anjo Noel, meu grande parvo sem memória!</div><br /><div align="justify">-Não - respondeu o outro. Os anjos não existem.</div><br /><div align="justify">- Pronto... já começou! - choramingou o anjo Noel. Já não te lembras de mim, já não acreditas em mim.... ohhhh... chuif...</div><br /><div align="justify">- Mas porque raio é que eu estou aqui deitado?</div><br /><div align="justify">- Também não te lembras disso, pois não? Foi porque comeste uma maçã. O grande parvo não conseguiu resistir!...</div><br /><div align="justify">- Oh, sim - Os olhos de Adão iluminaram-se - Não resisti à tentação! Pois é!</div><br /><div align="justify">- Pois, meu idiota. E por causa desse acto louco e impensado, vieste parar a este mundo cheio de vícios e corrupções, este mundo que NÃO É o paraíso, meu caro - ironizou o anjo.</div><br /><div align="justify">- Em compensação - disse Adão, a sentar-se e a mexer-se um bocadinho - já sei para que serve a Eva. Afinal não é só para dizer mal de todos os animais da floresta.</div><br /><div align="justify">- Mas que conversa é essa? Estamos aqui para proceder ao teu arrependimento. Vamos lá! Vergonha é o que precisamos.</div><br /><div align="justify">- Hmmmm- respondeu Adão. Talvez. Mas ainda não.</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">Levantou-se. Ajeitou o trapinho e começou a vaguear pelo bosque. o anjo sentou-se numa pedrinha e começou a tamborilar com os dedos. Adão, cada vez mais longe, parecia gritar algo como:</div><br /><div align="justify"></div><br /><div align="justify">- Eva, Eva, onde estás! ... anda cá.... Eva.... tenho uma coisa para te mostrar.... Evinha.... vem ao papai...</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-9770350147360985332007-12-12T22:06:00.000+00:002007-12-12T22:45:26.946+00:00A maçã - Parte 2<a href="http://www.newsweekshowcase.com/mba-asia/advertisers/university-edinburgh-mba/apple.jpg"><img style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.newsweekshowcase.com/mba-asia/advertisers/university-edinburgh-mba/apple.jpg" border="0" /></a><br /><div></div><br /><div>Primeiro, começou a sentir um cheiro pouco familiar: era o cheiro de terra molhada, de caruma, das folhas a aprodecer no solo escuro e rico. Depois começou a sentir a pele, suave e tratada, através da brisa que soprava. A seguir, despertaram os ouvidos e o ruído da mesma brisa a roçar as folhas das árvores. Tacteou e sentiu um tecido macio, embora algo frio, onde estava deitada. Perto de si sentiu barulhos, diversos dos do vento nas árvores. Não estava sózinha.<br />Depois, sentiu os olhos e achou que talvez os pudesse abrir. Abriu e olhou em volta. Por cima de si, as copas das árvores. Abaixo, o tecido de cetim vermelho onde estava deitada. Ao lado, várias vozes!<br />- Oh, Oh!</div><br /><div>- Oooohhhh.... já acordou....</div><br /><div>- Yupee!</div><br /><div>- Onde estou? - perguntou a pessoa que estava deitada.</div><br /><div>- Estás na floresta, Branca de Neve! Estiveste a dormir muito tempo mas agora já acordaste! - disse um dos presentes.</div><br /><div>- E quem diabo és tu? - perguntou ela.</div><br /><div>- Ohhh.... não te lembras?</div><br /><div>As seis pessoas presentes murmuraram entre si.</div><br /><div>- Ooooh... perdeu a memória...</div><br /><div>-Então não te lembras, Branca de Neve? Sou eu, o Feliz!</div><br /><div>- Mas eu conheço-te?</div><br /><div>- Oh, Branca de Neve, então não te lembras de nós, os teus amiguinhos? Moravas na nossa cabana, cuidavas dela para nós...</div><br /><div>- Eu? Vossa amiga? Morava na vossa casa? Não estão bons da cabeça, concerteza!....</div><br /><div>- Sim - disse o Mestre - tinhas a comida pronta quando chegávamos da mina...</div><br /><div>- Agora temos comido bastante mal - disse, a meia voz, o Zangado</div><br /><div>- Eu? EU? Cozinhar para vocês todos? Estão-se a passar!!!!</div><br /><div>- Branca de Neve, tenta lembrar-te! Eu sou o Atchim! Éramos tão amigos...</div><br /><div>- E tu, meu grande parvo, achas que eu tenho algum amigo chamado Athim?!?! Achas que eu, sim, EU, teria amigos cromos como vocês? Geeks! Olhem para o vosso aspecto! Para o vosso tamanho... e essas estúpidas barbas!</div><br /><div>Um clima de constrangimento começou a aparecer entre os seis anões. Alguns passavam as mãos pelos rostos e podiam ver-se algumas lágrimas.</div><br /><div>- Ohhh ... vais ver que te vais lembrar, Branca de Neve....</div><br /><div>- Vem connosco para a nossa cabana, vamos dar-te um cházinho...</div><br /><div>- EU NÃO VOU COM VOCÊS PARA LADO NENHUM! - gritou a Branca de Neve, começando a ficar histérica. - SOCORRO!!!!! ESTÁ AÍ ALGUÉM? TIREM-ME DESTE FILME!!!!!!</div><br /><div></div><br /><div>Os seis anões estavam com um ar tristíssimo. Subitamente, começaram a ouvir-se passos e no momento seguinte, um outro anão estava na clareira.</div><br /><div>- Ela não acredita que nós somos seus amigos! - choramingou o Feliz.</div><br /><div>- Oiçam - disse o anão recém chegado - esqueçam essa gaja! Ali mais à frente está outra um bocado mais atordoada....</div><br /><div>- Bora lá! Bola lá!</div><br /><div>- Yupee...</div><br /><div>- Eu vou, eu vou... lá lá lá... eu vou!</div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-18703591.post-68205991342972919842007-12-10T19:56:00.000+00:002007-12-10T20:26:14.450+00:00A maçã - parte I<span style="font-size:78%;">Foto: </span><a href="http://www.northlanddentalmedicine.com/Apple1_bite_small.jpg"><span style="font-size:78%;">http://www.northlanddentalmedicine.com/Apple1_bite_small.jpg</span></a><a href="http://www.northlanddentalmedicine.com/Apple1_bite_small.jpg"><img style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand" alt="" src="http://www.northlanddentalmedicine.com/Apple1_bite_small.jpg" border="0" /></a><br /><div align="left"><a href="http://www.northlanddentalmedicine.com/Apple1_bite_small.jpg"></a><br /><div></div><br /><div></div><br /><div align="left">Primeiro, começou a sentir um cheiro familiar: era o cheiro de terra molhada, de caruma, das folhas a aprodecer no solo escuro e rico. Depois começou a sentir a pele, através da brisa suave que soprava. A seguir, despertaram os ouvidos e o ruído da mesma brisa a roçar as folhas das árvores. Tacteou e sentiu um tecido macio, embora algo frio, onde estava deitada. Perto de si sentiu um barulho, diverso do do vento nas árvores. Era Alguém.<br /><br /></div><div></div><br /><div>Depois, sentiu os olhos e achou que talvez os pudesse abrir. Abriu e olhou em volta. Por cima de si, as copas das árvores. Abaixo, o tecido de cetim vermelho onde estava deitada. Ao lado, uma voz!</div><br /><div>- Bolas! Até que enfim, Bela Adormecida!</div><br /><div>- O que me aconteceu?</div><br /><div>- Oh, deste uma dentada numa maçã envenenada e estiveste a dormir uma data de tempo.</div><br /><div>- Ai foi?</div><br /><div>- Sim. Até que cheguei eu, tirei a maçã, e estava aqui à espera.</div><br /><div>Ela levantou um pouco o corpo e apoiou-se no cotovelo.</div><br /><div>- Espera - disse - já estou a ver o filme, ou melhor, a história... Mas afinal quem és tu?</div><br /><div>- Sou a tua fada madrinha!</div><br /><div>- Não era suposto seres um príncipe? E teres-me dado o beijo? </div><br /><div>- Bem, querida, lamento desiludir-te, mas já não há Príncipes. As mulheres não tiveram preocupação com esse assunto, durante o tempo em que dormiste, e agora são uma raça em vias de extinção. Ainda havia um mas tinha uma agenda muito preenchida e não conseguimos que viesse cá uma horita dar-te o beijo.</div><br /><div>- Então estive aqui à espera da melhor parte da história, para nada?</div><br /><div>- Quê? O Beijo? Ai, ai, ai, vamos lá fazer o upgrade! A melhor parte da história continua a ser agora. Vamos dar-te um banho, depois umas massagens relaxantes num SPA ma-ra-vi-lho-so - tenho convites! Depois, uma sessão de comprinhas e à noite, se não estivermos muito cansadas, vamos tomar um copo. Afinal, com tanto tempo de sono de beleza, há que ir colher os frutos.</div><br /><div>- Quem sabe uma maçã...</div><br /><div>- Por enquanto não queremos mais nada com maçãs, minha querida.</div></div>M.http://www.blogger.com/profile/05872494867847547087noreply@blogger.com5